lembro de canções de amor.
das tantas que existem,
apenas algumas ficam na memória.
são especiais.
palavras colocadas com requinte
formando versos que rimam
como quem se ama.
são as vozes do destino,
entoando em coro
uma bela serenata.
percebo, porém
um descaminho.
um lapso de tempo sem rumo.
desabafos.
momentos dificeis da vida a dois.
extremos.
uma pausa
a distância
pode abrir os olhos desatentos.
um peito que bate acelerado.
uma saudade.
o grande sabor da vida está longe.
caminho.
desacelero.
penso a respeito.
lembro das coisas.
lembro das coisas.
a construção de um sentimento
forjado no dia-a-dia
de uma vida simples.
amizade, respeito, cumplicidade.
beijos e corpos se atraindo em comunhão.
lugares que conhecemos, amigos que fizemos
nossas vidas.
o tempo passou.
uma encruzilhada.
uma escolha errada.
rompantes de amor egoista.
um eu embebido em desconexões, cego,
colocando em risco a própria felicidade
em troca de uma obsessão.
riscos que a vida nos impõe
ou imaturidade?
hoje, marcado, remoendo as decisões ingratas
e confusas,
me sinto só.
como nunca.
sou levado a reflexão
pelo anjo amigo que não me abandonou,
mas que sopra em meu ouvido que o tempo
talvez seja a única solução.
mas eu tenho amor em mim.
um sentimento que poderia abastecer um oceano imenso,
refletindo o céu azul e cheio de vida,
com o qual um dia, um deus nos presenteou.
o céu é infinito.
e mesmo que algumas nuvens bloqueiem, por vezes, nossa visão,
ele permanece lá,
esperando apenas por uma brisa suave que mova essas nuvens para longe
e que traga de volta o brilho de um belo dia de sol.
nesse dia os pássaros cantarão as lindas canções de amor
que me lembram o seu nome, o seu carinho e a paz que
trazes ao meu coração.
08 fevereiro, 2009
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Um comentário:
adorei.quase chorei aqui em casa auhsuahushu...mto bem fliper rsrsr
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